domingo, fevereiro 11, 2007

Driving in my car

Passadas cerca de dez aulas de condução, cheguei a duas ou três tristes conclusões.

A primeira é a de que não existe o minímo de respeito por parte dos outros condutores pelo meu veículo, que sendo um veiculo de instrução deveria ter sempre prioridade perante os demais, seja em cruzamentos, entroncamentos ou sinais luminosos. Assim ninguém se chateava e eu acabava por invadir menos vezes as faixas dos outros..

Além do mais, um instrutor deveria saber certos princípios básicos de um carro. Por exemplo : um carro não possui a capacidade de falar. Já alguém ouviu um carro gritar, em pânico, perante a eminência de um acidente ? Ou a mostrar a sua indignação a um arrumador enquanto este o risca ? Não...Porquê ? Porque tirando o simpático automóvel que anexei a este post, os carros não falam. Daí, que me espante quando o homem diz coisas como "você tem que ouvir o carro pedir" - "Pedir oquê ?" - pergunto eu, em clara admiração. "A mudança ! Não ouve o carro pedir a mudança ?". Claro que eu não ouço carro nenhum a pedir nenhuma mudança. Quanto muito, ouço os outros condutores, impacientes por chegarem ao seu destino onde trabalharão para ganhar dinheiro para pagarem o carro que os leva ao trabalho. Já dizia o outro : isto anda tudo ligdo.


4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Essa de ouvir o carro também me escapou. Creio que se trata de um dom poderes ouvir o teu Polo. Discutir Proust ou Engels com o teu Fiat. Dai que seja pertinente evocar, e tributar também, essa grande figura que era o Michael Knight, e seu interlocutor KITT, exemplo paradigmático da comunicação antropomecânica, cada vez mais rara nos dias de hoje. Quem nos dera poder escutar o que o nosso carro tem para dizer. Quem nos dera abraçar essa nobre arte que é a de ser instrutor de condução. Resta-nos a resignação.

11:06 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

De facto o carro fala, mas primeiro tens que o conhecer bem porque ele não dá trela a qualquer um. e também não diz muita coisa, mas efectivamente pede as mudanças.

E mais, tu, conduzindo um veículo de instrução, tens é que sair da frente porque estes, por norma, vão é a atrapalhar quem, como muito bem dizes, quer é trabalhar!

8:59 da tarde  
Blogger Electric Warrior said...

Ok, vou continuar a aperfeiçoar os meus dotes de modo a que o carro tenha a bondade de comunicar com a minha humilde pessoa. Espero que para tal, não tenha que me sujeitar a um corte de cabelo á anos 80 como o do já referido Michael Night. Até porque o próximo passo poderia ser acabar numa praia de Los Angeles a contracenar com a Pamela Anderson e toda a gente sabe que eu prefiro a Rachel Bilson a qualquer loira de peitoral desenvolvido.

Já o meu instrutor é um óptimo comunicador, a todos os nivéis. Note-se que a nossa última conversa acabou com uma brilhante observação sobre uma trauseante que atravessava a passadeira . "Imagina aquilo a galope...". Como ainda não consigo falar com o carro, presumi que foi mesmo o instrutor "Moreira" quem falou. "Pois..." disse eu,resignado, incapaz de acompanhar tal nível de conversa.

12:45 da manhã  
Blogger Sally said...

Ah és um perneta. O carro fala sim senhor. E quando o ouvires vai dizer : O pete é um perneta.

2:57 da tarde  

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